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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Na resposta que Jesus deu aos seus argüidores sobre qual o maior mandamento ele disse, "Amai a Deus..." (....).


Quero propor aqui uma discussão sincera e aberta sobre o que seria amar a Deus, pois, no decorrer de nossas vidas somos confrontados com esse mandamento. Seria no mínimo coerente se pudéssemos ter uma definição que nos desse o respaldo bíblico e prático de tal mandamento.

Olhando para a História da Igreja veremos que esse mandamento tomou formas diferentes, como por exemplo; por amor a Deus os cristãos padeceram no Coliseu Romano, também por amor a Deus muitos irmãos preferiram viver em monastérios, mas também por amor a Deus os Cristão do século 12 realizaram as Cruzadas, as quais foram responsáveis pelo assassinato de milhares de árabes. Da mesma forma, extremistas mulçumanos, por amor a seu deus (alá), provocam o medo e o terror no Oriente Médio de nossos dias.

Falar sobre o amor de Deus se torna bem desafiador quando somos confrontados com as atitudes daqueles que, em nome desse amor, praticam tudo que vai contra a essência do criador do amor. A interpretação do amor de Deus pode se tornar exatamente o oposto do que esse amor é, trazendo assim confusão sobre o caráter de quem o criou.

Jesus em seu ministério sempre surpreendeu as pessoas com seus atos de amor a Deus. Ele deixou bem claro que a expressão do seu amor a Deus era algo que foi gerado em obediência ao Pai. Jesus não era compreendido quando falava de amor a Deus, pois ele questionava os atos que eram praticados em nome desse amor. Atos esses inclusive que faziam parte da Lei. Não creio que Jesus questionava a Lei, mas ele questionava a forma que essa lei era interpretada, vivida e aplicada.

O apostolo Paulo diz que no final o que fica é a fé a esperança e o amor, e desses três o amor é o maior. Segue a pergunta; como o amor pode ser maior do que a fé? A resposta é uma questão de prioridade de criação. Deus teve que primeiro amar o homem para poder criá-lo. A fé vem depois como uma forma do homem perceber a existência de Deus. Por isso Paulo coloca que o amor é maior do que a fé. O amor foi criado primeiro, pois foi através desse amor que Deus amou o mundo.

Quero colocar três possibilidades em relação ao Amor de Deus:

1. Perceber o amor (Colossenses 1:16) Todas as vezes que olhamos sinceramente para o criador podemos perceber que ele ama suas criação. Pois ele deu ao homem tudo para que o homem fosse abençoado na sua existência. Seja o próprio dom da vida, a possibilidade de andarmos em comunidade, seja os recursos naturais e tudo quanto existe para benefício do homem.

2. Experimentar o amor de Deus As pessoas podem de uma forma ou outra experimentar esse amor de uma forma mais intensa. Isso pode acontecer através de uma experiência religiosa. Isso mesmo. Pessoas podem experimentar o amor de Deus através de outros que liberam porções desse amor no seu dia-a-dia. Isso possibilita que o amor do Pai possa ser literalmente experimentado, da mesma forma que alguém experimenta um doce ou uma fruta bem saborosa.

3. Vivenciar o Amor de Deus Aqui encontramos a forma mais intensa de perceber e experimentar o amor de Deus, pois aqui a percepção e a experiência se confundem com a vida de quem está vivenciando tal amor. Foi nesse contexto que Jesus expressou e recebeu o amor de Deus. Sua vida fazia parte desse amor e o amor de Deus fazia parte de sua vida.

Quando os homens tentam expressar o amor de Deus, sem tê-lo vivenciado, ai acontece as catástrofes religiosas. Quando alguém fica apenas na percepção, essa pessoa fica como que do lado de fora de um aquário tentando entender como é respirar debaixo d água. Quando alguém fica apenas com a experiência isso pode levar essa pessoa a ter outras experiências e ai a revelação fica misturada pelo empirismo moderno. Mas quando alguém ousa em vivenciar, ou ainda melhor, misturar sua vida com a essência de Deus, que é o Amor, ai sim, teremos alguém que vai conhecer a Deus e amá-lo mais do que as religiões, mais do que as suas ambições, mais do que as possibilidades de realização em nome de Deus.

Amar a Deus é deixar que Ele mesmo viva através de nossas vidas. Ë permitir a essência do criador ser manifesta em nossos membros, nossa mente, nosso espírito. Tal vivencia não pode se dar no âmbito do saber. Vou dar mais um exemplo; quando alguém come uma maça, essa pessoal não precisa necessariamente saber como se da todo o processo de digestão para ter certeza que está vivenciando o fato. Da mesma forma, muitos precisam apenas vivenciar o amor de Deus sem querer entender totalmente como se dá tal acontecimento. Muitos ficam como que em crise se perguntando; "Deus, eu não mereço", "Deus quero entender tal coisa", "Deus, se o Senhor não me revelar tal coisa eu não poderei continuar". Essa postura vem apenas mostrar que a vivencia do Amor de Deus vai alem do nosso entendimento. Isso deveria gerar gratidão na vida de um adorador. Gratidão por tão grande amor, que vai além do entendimento humano.

Se algum dia alguém te perguntar, "O que é o Amor de Deus?", será que você teria a coragem de dizer "O Amor de Deus é a minha vida". um Irmão em Cristo chamado Richard Wummburd, ficou preso por treze anos por causa do seu amor a Deus, certa vez um dos seus companheiros de cela perguntou-lhe, "Como é Jesus?", ele respondeu, "Jesus...Jesus é assim, igual a mim".

Que o Senhor possa nos dar a graça de vivenciar todo seu amor. Oro para que você não ame a religião evangélica mais do que a Deus. Um abraço.

Dr. Mfrank  
domingo, 4 de novembro de 2012
O Código Da Vinci não deve ser ignorado como enredo de ficção. Sua premissa, de que Jesus Cristo tenha sido reinventado com objetivos políticos, ataca as próprias bases do cristianismo. O autor, Dan Brown, declarou em rede nacional que, mesmo que o enredo seja ficção, ele acredita que suas considerações sobre a identidade de Jesus sejam verdadeiras. Então, o que é verdade? Vamos dar uma olhada.

• Jesus teve um casamento secreto com Maria Madalena?

• A divindade de Jesus foi inventada por Constantino e a Igreja?

• Os registros originais de Jesus foram destruídos?

• Manuscritos recentemente descobertos contam a verdade sobre Jesus?

Uma gigantesca conspiração resultou na reinvenção de Jesus? De acordo com o livro e filme O Código Da Vinci, isto é exatamente o que aconteceu. Muitas das afirmações do livro sobre Jesus sugerem conspiração. Por exemplo, o livro declara:

“Ninguém está dizendo que Cristo foi um trapaceiro, ou negando que viveu neste mundo e inspirou milhões de pessoas a terem uma vida melhor. Tudo o que dizemos é que Constantino se aproveitou das suas substanciais influência e importância. E, ao fazê-lo, modelou a face do cristianismo tal como hoje o conhecemos.”[1]


Será que esta surpreendente afirmação do livro mais vendido de Dan Brown é verdadeira? Ou será que a premissa por trás faz somente parte de um bom livro de conspiração—similar à crença de que alienígenas fizeram um pouso forçado em Roswell no Novo México ou que havia um segundo atirador em Grassy Knoll em Dallas quando JFK foi assassinado? De qualquer maneira, a história é bastante convincente. Não surpreende que o livro de Brown tenha se tornado uma das histórias mais vendidas da década.   O Código Da Vinci começa com o assassinato de um curador de museu francês chamado Jacques Sauniere. Um professor intelectual de Harvard e uma bela criptologista francesa são contratados para decifrar uma mensagem deixada pelo curador antes de sua morte. A mensagem acaba por revelar a mais profunda conspiração da história da humanidade: a mensagem verdadeira de Jesus Cristo sendo encoberta pelo braço secreto da Igreja Católica Romana chamado Opus Dei.


Antes de sua morte, o curador tinha evidência que poderia contestar a divindade de Cristo. Apesar (de acordo com o enredo) a Igreja ter tentado por séculos esconder as evidências, os grandes pensadores e artistas deixaram pistas por todos os lados: em pinturas como a Mona Lisa e A Última Ceia de Da Vinci, nas arquiteturas das catedrais e mesmo em desenhos da Disney. Os principais argumentos do livro são:

• O imperador romano Constantino conspirou para divinizar Jesus Cristo.

• Constantino selecionou pessoalmente os livros no Novo Testamento.

• Os Evangelhos Gnósticos foram banidos para subjugar as mulheres.

• Jesus e Maria Madalena casaram-se em segredo e tiveram um filho.

• Milhares de documentos secretos refutam pontos-chave do cristianismo.

Brown revela sua conspiração através do especialista fictício do livro, o historiador real britânico Sir Leigh Teabing. Apresentado como um senhor sábio e erudito, Teabing revela à criptologista Sophie Neveu que no Concílio de Niceia em 325 d.c. “muitos aspectos do cristianismo foram debatidos e votados”, incluindo a divindade de Jesus

“Até aquele momento,” ele diz, “Jesus era visto por seus seguidores como um profeta mortal… um grande e poderoso homem, mas ainda um homem.”

Neveu fica chocada. “Não como filho de Deus?” ela pergunta.

Teabing explica: “A constituição de Jesus como ‘filho de Deus’ foi proposta e votada oficialmente no Concílio de Niceia.”

“Espere. Você está dizendo que a divindade de Jesus foi o resultado de uma votação?”

“E uma votação relativamente pequena,” Teabing conta à surpresa criptologista.[2]

Então, de acordo com Teabing, Jesus não era considerado Deus até o Concílio de Niceia em 325 d. c., quando os reais registros de Jesus teriam sido banidos ou destruídos. Desta maneira, de acordo com a teoria, toda a fundação do cristianismo baseia-se em uma mentira.

O Código Da Vinci vendeu muito bem sua história, tirando de seus leitores comentários como “se não fosse verdade não teria sido publicado!” Outro disse “nunca mais piso em uma igreja”. Um crítico do livro parabenizou-o por seu “impecável trabalho de pesquisa”.[3] Muito convincente para um trabalho de ficção.

Vamos aceitar por enquanto que a proposta de Teabing pode ser verdade. Por que, neste caso, o Concílio de Niceia decidiu promover Jesus à divindade?


“Foi tudo pelo poder,” continua Teabing. “A criação de Cristo como o Messias era fundamental para o funcionamento da Igreja e do Estado. Muitos intelectuais afirmam que a Igreja primitiva literalmente roubou Jesus de seus seguidores originais, desviando sua mensagem humana e envolvendo-a em uma aura impenetrável de divindade, usando-a para expandir seu próprio poder.”[4]

De muitas maneiras, O Código Da Vinci é a teoria da conspiração definitiva. Se as afirmações de Brown estão corretas, então sempre fomos cercados de mentiras—pela Igreja, pela História e pela Bíblia. E até mesmo pelos que mais confiamos: nossos pais ou professores. E tudo isso for pela tomada do poder.

Apesar de O Código Da Vinci ser uma obra de ficção, ele baseia muitos de suas premissas em eventos (o Concílio de Niceia), pessoas (Constantino e Ário) e documentos (os Evangelhos Gnósticos) reais. Se chegássemos ao fundo da conspiração, nosso objetivo deve ser separar os fatos da ficção nas denúncias de Brown.

Constantino e o Cristianismo

Nos séculos anteriores ao reinado de Constantino sobre o Império Romano, os cristãos foram arduamente perseguidos. Então, em meio a batalhas, Constantino relatou ter visto uma imagem brilhante de uma cruz no céu descrevendo as palavras “Por este sinal conquistarás”. Ele marchou para a batalha sob o sinal da cruz e tomou posse do império.

A aparente conversão de Constantino ao cristianismo foi um divisor de águas na história da Igreja. Roma tornou-se um império cristão. Pela primeira vez em quase 300 anos era considerado seguro, e mesmo bom, ser cristão.

Os cristãos não eram mais perseguidos por sua fé. Constantino buscou então unificar os Impérios Oriental e Ocidental, que tinham sido divididos por cismas, sectos e cultos, centralizando-se principalmente sobre a questão da identidade de Jesus Cristo.

Esses são alguns dos cernes de verdade do O Código Da Vinci, e cernes de verdade são uma condição para qualquer teoria da conspiração de sucesso. Porém, o enredo do livro transforma Constantino em um conspirador. Vamos abordar essa questão chave levantada na teoria de Brown: Constantino inventou a doutrina cristã da divindade de Jesus?

Para responder às acusações de Brown, precisamos primeiramente determinar o que os cristãos em geral acreditavam antes de Constantino conclamar Concílio em Niceia.


Os cristãos já idolatravam Jesus como Deus desde o primeiro século. Porém, no quarto século, um líder da igreja oriental, Ário, iniciou uma campanha para advogar sobre a unidade de Deus. Sua doutrina era de que Jesus era um ser especialmente criado, maior que os anjos, mas não era Deus. Atanásio e a maioria dos líderes da igreja, por outro lado, estavam convencidos de que Jesus era Deus em carne e osso.

Constantino queria resolver a disputa, desejando trazer paz ao império com a unificação das divisões oriental e ocidental. Desta maneira, em 325 d. c., ele conclamou mais de 300 bispos em Niceia (agora parte da Turquia) por todo o mundo cristão. A questão crucial é, a igreja primitiva pensava que Jesus era o Criador ou apenas uma criação—filho de Deus ou de um carpinteiro? Qual a doutrina dos apóstolos sobre Jesus? Desde os primeiros registros ele é considerado Deus. Após 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus, Paulo escreveu aos filipenses que Jesus era Deus em forma humana (Filipenses 2:6-7, NLT). E João, uma testemunha ocular, confirmou a divindade de Jesus na seguinte passagem:

No princípio era o Verbo. E o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por ele. E sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós (João 1: 1-4, 14, NLT).

Esta passagem de João 1 foi descoberta em um manuscrito antigo e sua verificação de carbono é datada de 175 a 225 d. c. Desta maneira, Jesus foi chamado de Deus mais de cem anos antes de Constantino conclamar o Concílio de Niceia. Podemos ver agora que a evidência forense do manuscrito contradiz a declaração d’O Código Da Vinci de que a divindade de Jesus foi uma invenção do quarto século. Mas o que a História conta sobre o Concílio de Niceia? Brown afirma no livro, através de Teabing, que a maioria dos bispos ignorava a crença de Ário que Jesus era um “profeta mortal” e adotaram a doutrina da divindade de Jesus por uma “votação pequena”. Verdadeiro ou falso?

Na realidade, a votação foi uma maioria esmagadora: somente dois dos 318 bispos discordaram. Mesmo que Ário acreditasse que somente o Pai era Deus e que Jesus era sua criação suprema, o concílio concluiu que Jesus e o Pai possuíam a mesma essência divina.

Pai, filho e o espírito santo foram considerados entidades diferentes e coexistentes, mas um único Deus. A doutrina de um Deus em três entidades ficou conhecida como Credo Niceno, e é o núcleo central da fé cristã. É verdade que Ário foi convincente e que teve influência considerável. A votação esmagadora ocorreu após um debate considerável. Porém, no fim o concílio declarou esmagadoramente Ário como herege por seus ensinamentos contradizerem com as doutrinas dos apóstolos sobre a divindade de Jesus.

A história também confirma que Jesus tolerou publicamente a idolatria recebida de seus discípulos. E, como vimos, Paulo e outros apóstolos ensinavam claramente que Jesus era Deus e digno de idolatria.

Desde os primeiros dias da Igreja cristã, Jesus foi considerado muito mais do que um mero homem e a maioria dos seus seguidores o idolatrava como Senhor criador do universo. Então, como pode Constantino ter inventado a doutrina da divindade de Jesus se a igreja já o considerava como Deus por mais de 200 anos? O Código Da Vinci não aborda essa questão.

Atacando o Cânone


O Código Da Vinci também afirma que Constantino ocultou todos os documentos sobre Jesus, além dos encontrados no cânone do Novo Testamento (reconhecido pela igreja como os relatos do testemunho autêntico dos apóstolos). Ele declara também que os relatos do Novo Testamento foram alterados por Constantino e pelos bispos para reinventar Jesus. Outro elemento-chave da conspiração do O Código Da Vinci é que os quatro Evangelhos do Novo Testamento foram selecionados dentre um total de “mais de 80 evangelhos”, que em sua maioria foram escondidos por Constantino.[5]

Existem duas questões centrais aqui, e abordaremos ambas. A primeira é se Constantino alterou ou selecionou de maneira tendenciosa os livros do Novo Testamento. A segunda é se ele baniu documentos que deveriam ter sido incluídos na Bíblia.

Com relação à primeira questão, cartas e documentos escritos por líderes da igreja e hereges do século dois confirmam o amplo uso dos livros do Novo Testamento. Certa de 200 anos antes de Constantino conclamar o Concílio de Niceia, o herege Marcião listou 11 dos 27 livros do Novo Testamento como escritos autênticos dos apóstolos.

Por volta da mesma época, outro herege, Valentino, faz menção a uma ampla variedade de temas do Novo Testamento e suas passagens. Visto que esses dois hereges eram adversários da liderança da igreja primitiva, eles não estavam escrevendo somente o que os bispos queriam. Mesmo assim, como a igreja primitiva, eles mencionaram os mesmos livros do Novo Testamento que lemos hoje.

Assim, se o Novo Testamento já era amplamente usado 200 anos antes de Constantino e do Concílio de Niceia, como poderia o imperador tê-lo inventado ou alterado? Naquele tempo a igreja já havia se espalhado e abrangia centenas de milhares se não milhões de crentes, e todos conheciam os relatos do Novo Testamento.

No livro A fraude do Código Da Vinci, uma análise do O Código Da Vinci, o Dr. Erwin Lutzer comenta:

“Constantino não decidiu quais livros estariam no cânone; de fato, o tópico do cânone nem mesmo foi mencionado no Concílio de Niceia. Na época que a igreja primitiva lia um cânone de livros, eles já haviam sido determinados como a palavra de Deus anos antes”.[6]

Apesar do cânone oficial ainda levar anos para ser finalizado, o Novo Testamento de hoje foi considerado autêntico mais de dois anos antes de Niceia.

Isto nos leva à segunda questão, o porquê desses misteriosos evangelhos gnósticos terem sido destruídos e excluídos do Novo Testamento? No livro, Teabing afirma que os escritos Gnósticos foram eliminados das 50 Bíblias encomendadas por Constantino no concílio. Ele conta animadamente a Neveu:


“Devido ao fato de que a elevação do status de Jesus por Constantino se deu quase quatro séculos após a morte desse, já existiam milhares de documentos que contavam sua vida como homem mortal. Para reescrever os livros de história, Constantino sabia que precisaria de um golpe ousado. Disto surgiu um dos momentos mais profundos da história cristã. … Constantino encomendou e financiou uma nova Bíblia, que omitiu esses evangelhos que falavam dos traços humanos de Cristo e adornou os que o tornavam divino. Os primeiros evangelhos foram proscritos, recolhidos e queimados.”[7]

Seriam esses escritos gnósticos a real história de Jesus Cristo? Vamos olhar com mais detalhes para ver se conseguimos separar a verdade da ficção.

“Conhecedores” Secretos

Os evangelhos gnósticos foram atribuídos a um grupo conhecido como (para nossa surpresa) os Gnósticos. Seu nome vem da palavra grega gnosis que significa “conhecimento”. Essas pessoas pensavam ter conhecimentos secretos e especiais, ocultos das pessoas comuns.

Dos 52 escritos, apenas cinco foram realmente listados como evangelhos. Como veremos mais adiante, esses supostos evangelhos são claramente diferentes dos do Novo Testamento como Mateus, Marcos, Lucas e João.

Com a propagação do cristianismo, os Gnósticos combinaram algumas doutrinas e elementos do cristianismo com suas próprias crenças, transformando o Gnosticismo em uma simulação. Talvez tenham feito isto para aumentar o número de fiéis e tornar Jesus um garoto-propaganda para sua causa. Contudo, para que sua linha de pensamento fosse compatível com o cristianismo, Jesus precisava ser reinventado, retirando sua humanidade e sua divindade absoluta.

Em A História do Cristianismo de Oxford, John McManners escreveu sobre a mistura de cristianismo e crenças míticas dos gnósticos.

“O gnosticismo foi (e ainda é) uma teosofia com muitos ingredientes. Ocultismo e misticismo oriental combinam-se com astrologia e mágica.

Eles integram os ensinamentos de Jesus e acomodam-nos em sua própria interpretação (como no Evangelho de Tomás), oferecendo aos seus membros uma forma alternativa ou rival de cristianismo.”[8]

Primeiros Críticos


Ao contrário das afirmações de Brown, não foi Constantino que considerou as crenças gnósticas como heréticas, e sim os próprios apóstolos. Uma pequena linha filosófica já crescia no primeiro século, apenas décadas depois da morte de Jesus. Os apóstolos, em seus ensinamentos e escritos, condenaram fortemente essas crenças como opostas à verdade de Jesus, de quem foram testemunha.

Veja, por exemplo, o que o apóstolo João escreveu perto do fim do primeiro século:

“Quem é o mentiroso? Senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.” (1 João 2:22)

Seguindo os ensinamentos dos apóstolos, os líderes da igreja primitiva condenam unanimemente os gnósticos como um culto. O padre Ireneu, escrevendo 140 anos antes do Concílio de Niceia, confirmou que os gnósticos eram condenados pela igreja como hereges. Ele também rejeitou seus “evangelhos”. Entretanto, com relação aos quatro evangelhos do Novo Testamento, ele diz: “Não é possível que os evangelhos sejam em quantidade maior o menor do que são”.[9]

O teólogo cristão Orígenes escreveu no início do terceiro século mais de cem anos antes de Niceia:

Conheço um certo evangelho chamado “O Evangelho segundo Tomás” e um “Evangelho segundo Matias” e muitos outros que li, já que não devemos ser considerados de nenhuma maneira ignorante pelos que imaginam ter algum conhecimento sobre esses. Contudo, dentre todos esses aprovamos somente os reconhecidos pela igreja, que são os únicos quatro evangelhos que devem ser aceitos.[10]

Aqui temos as palavras de um líder da igreja altamente considerado. Os gnósticos foram reconhecidos como um culto não-cristão muito antes do Concílio de Niceia. Mas existem ainda mais evidências que respondem as questões feitas no O Código Da Vinci.

Quem é sexista?

Brown sugere que um dos motivos do suposto banimento dos escritos gnósticos por Constantino tenha sido o desejo de reprimir as mulheres na igreja. Ironicamente, é o Evangelho Gnóstico de Tomás que rebaixa as mulheres. Ele conclui (supostamente citando Pedro) com esta surpreendente declaração: “Deixe Maria ir para longe de nós, pois as mulheres não são dignas da vida” [11]. Depois Jesus supostamente diz a Pedro que transformará Maria em um homem para que ela possa entrar no reino dos céus. Leia: mulheres são inferiores. Com sentimentos como esse à mostra, é difícil conceber que os escritos gnósticos tenham sido um grito de guerra da liberação feminina.

Em forte contraste, o Jesus dos evangelhos bíblicos sempre tratou as mulheres com dignidade e respeito. Versos revolucionários como este encontrados no Novo Testamento foram fundamentais para as tentativas de elevação do status da mulher:

“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea. Porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28, NLT).   Autores Misteriosos

Com relação aos evangelhos gnósticos, cada livro leva o nome de uma personagem do Novo Testamento: O Evangelho de Filipe, o Evangelho de Pedro, o Evangelho de Maria, o Evangelho de Judas e assim em diante. (Parece uma lista de chamada de escola.) São nesses livros que teorias da conspiração como O Código Da Vinci se baseiam. Mas será que eles foram mesmo escritos por seus supostos autores?

Os evangelhos gnósticos são datados de 110 a 300 anos depois de Cristo e nenhum acadêmico crível acredita que algum deles poderia ter sido escrito por seus homônimos. No abrangente A Biblioteca de Nag Hammadi de James M. Robinson, descobrimos que os evangelhos gnósticos foram escritos por “autores desconhecidos e independentes”.[12] Dr. Darrell L. Bock, professor de estudos do Novo Testamento no Seminário Teológico de Dallas, escreveu:

“A maior parte deste material está afastado por algumas gerações das bases da fé cristã, um ponto vital a se lembrar ao avaliar seu conteúdo.”[13]

O estudioso do Novo Testamento Norman Geisler comentou dois escritos gnósticos, o Evangelho de Pedro e os Atos de João. (Esses escritos gnósticos não devem ser confundidos com os livros do Novo Testamento escrito por João e Pedro):

“Os escritos gnósticos não foram escritos pelos apóstolos, mas por homens do século dois (ou posterior) com intenções de usar a autoridade apostólica para divulgar seus próprios ensinos. Nos dias de hoje chamamos isto de fraude e falsificação.”[14]

Os evangelhos gnósticos não são relatos históricos da vida de Jesus, mas sim declarações esotéricas, envoltas em mistério, que deixam de fora detalhes históricos como nomes, locais e eventos. Este é um contraste marcante com os evangelhos do Novo Testamento que contém diversos fatos históricos sobre a vida, ministério e palavras de Jesus.

Houve mesmo uma Conspiração Da Vinci?


Senhora Jesus

A melhor parte da conspiração Da Vinci é a afirmação de que Jesus e Maria Madalena casaram-se secretamente e tiveram um filho, perpetuando sua linhagem. Além disso, o ventre de Maria Madalena, carregando a prole de Jesus, é representado no livro como o lendário Santo Graal, um segredo mantido pela organização católica chamada o Priorado de Sião. Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo Da Vinci foram citados como seus membros.

Romance. Escândalo. Intriga. Ótimos para uma teoria da conspiração. Mas será que é verdade? Vejamos o que dizem os estudiosos.

Um artigo da revista Newsweek, que resumiu a opinião geral dos estudiosos, conclui que a teoria de que Jesus e Maria Madalena casaram-se secretamente não possui embasamento histórico.[15] A proposta colocada no O Código Da Vinci é construída sobre um único verso do Evangelho de Filipe que indica que Jesus e Maria eram companheiros. No livro, Teabring tenta construir a hipótese de que a palavra para companheiro (koimonos) poderia significar esposa. Porém, a teoria de Teabing não é aceita pelos estudiosos.

Há também um único verso do Evangelho de Filipe que menciona que Jesus beijou Maria. Saudar amigos com um beijo era comum no século um e não possuía nenhuma conotação sexual. Porém, mesmo se a interpretação de O Código Da Vinci estivesse correta, não existem documentos históricos que confirmem esta teoria. E visto que o Evangelho de Filipe é um documento forjado escrito de 150 a 220 anos depois de Cristo por um autor desconhecido, suas declarações sobre Jesus não são historicamente confiáveis.

Talvez os gnósticos sentiram que o Novo Testamento possuía pouco romance e decidiram apimentá-lo um pouco mais. Qualquer seja a razão, o verso obscuro e isolado escrito dois séculos depois de Cristo não é muito para se basear toda uma conspiração. Uma leitura interessante talvez, mas definitivamente não histórica.

Com o Santo Graal e o Priorado de Sião, o relato fictício de Brown mais uma vez distorce a história. O lendário Santo Graal foi supostamente a taça que Jesus usou na última ceia e não teve nenhuma relação com Maria Madalena. E Leonardo da Vinci nunca poderia ter conhecido o Priorado de Sião, visto que este só foi fundado em 1956, 437 anos após sua morte. Novamente, uma ficção interessante, mas historicamente inexato.

Os Documentos “Secretos”

Mas e sobre a declaração de Teabing que “milhares de documentos secretos” provam que o cristianismo é uma farsa? Será que é verdade?

Se houvesse tais documentos, os estudiosos que se opõem à igreja estariam de mãos cheias. Escritos fraudulentos que foram rejeitados pela igreja primitiva por suas visões hereges não eram secretos, sendo conhecidos por séculos. Isto não é nenhuma surpresa. Eles nunca foram considerados parte dos escritos autênticos dos apóstolos.

E se Brown (Teabing) está se referindo aos evangelhos apócrifos ou da infância, os problemas são mais uma vez revelados. Eles não são secretos, não provam nem refutam o cristianismo. O estudioso do Novo Testamento Raymond Brown comenta sobre os evangelhos gnósticos:

“Não conhecemos nenhum novo fato verificável sobre o ministério de Jesus, apenas algumas novas declarações que podem ter sido dele”.[18]

Diferente nos evangelhos gnósticos, cujos autores são desconhecidos e não foram testemunhas, o Novo Testamento que temos hoje passou por inúmeros testes de autenticidade. (Clique para ler Jesus.doc) O contraste é devastador para os que apoiam as teorias da conspiração. O historiador do Novo Testamento F. F. Bruce escreveu:

“Não há obra de literatura antiga no mundo que goza de tamanha riqueza de comprovação textual do que o Novo Testamento”.[19]

O estudioso do Novo Testamento Bruce Metzger revelou porque o Evangelho de Tomás não foi aceito pela igreja primitiva:

“Não é correto dizer que o Evangelho de Tomás foi excluído por alguma ordem por parte de um concílio: a maneira certa de dizer é que o Evangelho de Tomás excluiu a si mesmo! Ele não combina com os outros testemunhos sobre Jesus que os primeiros cristãos aceitaram como confiável”.[17]

Veredito Histórico


Assim, o que podemos concluir com relação às diversas teorias da conspiração sobre Jesus Cristo? Karen King, professor de história eclesiástica da Harvard, escreveu vários livros sobre os evangelhos gnósticos, incluindo o Evangelho de Maria de Magdala e O que é gnosticismo? King, embora seja um forte defensor dos ensinamentos gnósticos, conclui que “Essas noções sobre teoria da conspiração… são ideias marginais que não possuem embasamento histórico”.[20]

Apesar da falta de evidências históricas, as teorias da conspiração ainda vendem milhões de livros e atingem níveis recorde nas bilheterias. Estudiosos em campos relacionados, alguns cristãos e alguns sem nenhuma fé refutaram as declarações do O Código Da Vinci. Entretanto os que se deixam levar facilmente ainda se perguntam: será que é mesmo verdade?

O jornalista de televisão ganhador de prêmios Frank Sesno perguntou a um júri de estudiosos sobre a fascinação que as pessoas têm com teorias da conspiração. O professor Stanley Kutler da Universidade de Wisconsin respondeu que “todos amamos mistérios, mas amamos muito mais as conspirações”.[21]

Então, se quiser ler sobre uma grande teoria da conspiração sobre Jesus, a novela de Dan Brown O Código Da Vinci pode ser o que você procura. Mas se quiser ler sobre os relatos verdadeiros de Jesus Cristo, então Mateus, Marcos, Lucas e João o levarão ao que as testemunhas viram, ouviram e escreveram. No que você prefere acreditar?

Jesus voltou mesmo dos mortos?

A grande questão do nosso tempo é “quem é o verdadeiro Jesus Cristo”? Ele foi somente um homem excepcional ou ele era mesmo Deus feito carne como Paulo, João e os outros discípulos acreditavam?

As testemunhas de Jesus Cristo realmente falaram e agiram como se acreditassem que ele fisicamente se ergueu dentre os mortos após sua crucificação. Se eles estivessem errados, o cristianismo teria se baseado em uma mentira. Mas se estivessem certos, tal milagre confirmaria tudo o que Jesus disse sobre Deus, sobre si mesmo e sobre nós.

Devemos aceitar a ressurreição de Jesus Cristo somente pela fé ou existe evidência histórica sólida? Muitos céticos começaram investigações sobre os registros históricos para provar que os registros da ressurreição são falsos. O que eles descobriram?

Clique aqui para ver as evidências da declaração mais fantástica feita—a ressurreição de Jesus Cristo!

Clique aqui e deixe-nos saber como este artigo o ajudou.

Jesus disse o que acontece após a morte?

Se Jesus ressuscitou, apenas Ele conhece o outro lado. O que disse Jesus sobre o significado da vida e sobre o nosso futuro? Existem vários caminhos para Deus ou Jesus afirmou ser o único? Leia as respostas iniciais em “Por que Jesus?”

Clique aqui para ler “Por que Jesus?” e descubra o que Jesus disse sobre a vida após a morte.

Jesus pode trazer significado para a vida?

“Por que Jesus?” examina a questão se Jesus é ou não relevante nos dias de hoje. Jesus pode responder as grandes questões da vida: “Quem sou eu?” “Por que estou aqui?” E “Para onde estou indo?” Catedrais vazias e crucifixos nos levam a pensar que Ele não nos pode responder, e que Jesus nos deixou a mercê de um mundo fora de controle. Mas Jesus fez afirmações acerca da vida e do propósito aqui na terra, que necessitam ser examinadas antes que se escreva algo que fale de alguma espécie de impotência da Sua parte. Este artigo examina o mistério do porquê de Jesus ter vindo à terra.

Clique aqui para descobrir como Jesus pode trazer significado para a vida.
sábado, 3 de novembro de 2012
No momento em que nós do Ministério Público da União nos preparamos para atuar contra diversas instituições de ensino superior por conta do número mínimo de mestres e doutores, eis que surge (das cinzas) a velha arenga de que o formado em Direito é Doutor.

A história, que, como boa mentira, muda a todo instante seus elementos, volta à moda. Agora não como resultado de ato de Dona Maria, a Pia, mas como consequência do decreto de D. Pedro I.

Fui advogado durante muitos anos antes de ingressar no Ministério Público. Há quase vinte anos sou Professor de Direito. E desde sempre vejo "docentes" e "profissionais" venderem essa balela para os pobres coitados dos alunos.

Quando coordenador de Curso tive o desprazer de chamar a atenção de (in) docentes que mentiam aos alunos dessa maneira. Eu lhes disse, inclusive, que, em vez de espalharem mentiras ouvidas de outros, melhor seria ensinarem seus alunos a escreverem, mas que essa minha esperança não se concretizaria porque nem mesmo eles sabiam escrever.

Pois bem!

Naquela época, a história que se contava era a seguinte: Dona Maria, a Pia, havia "baixado um alvará" pelo qual os advogados portugueses teriam de ser tratados como doutores nas Cortes Brasileiras. Então, por uma "lógica" das mais obtusas, todos os bacharéis do Brasil, magicamente, passaram a ser Doutores. Não é necessária muita inteligência para perceber os erros desse raciocínio. Mas como muita gente pode pensar como um ex-aluno meu, melhor desenvolver o pensamento (dizia meu jovem aluno: "o senhor é Advogado; pra que fazer Doutorado de novo, professor?").

1) Desde já saibamos que Dona Maria, de Pia nada tinha. Era Louca mesmo! E assim era chamada pelo Povo: Dona Maria, a Louca!

2) Em seguida, tenhamos claro que o tão falado alvará jamais existiu. Em 2000, o Senado Federal presenteou-me com mídias digitais contendo a coleção completa dos atos normativos desde a Colônia (mais de quinhentos anos de história normativa). Não se encontra nada sobre advogados, bacharéis, dona Maria, etc. Para quem quiser, a consulta hoje pode ser feita pela Internet.

3) Mas digamos que o tal alvará existisse e que dona Maria não fosse tão louca assim e que o povo fosse simplesmente maledicente. Prestem atenção no que era divulgado: os advogados portugueses deveriam ser tratados como doutores perante as Cortes Brasileiras. Advogados e não quaisquer bacharéis. Portugueses e não quaisquer nacionais. Nas Cortes Brasileiras e só! Se você, portanto, fosse um advogado português em Portugal não seria tratado assim. Se fosse um bacharel (advogado não inscrito no setor competente), ou fosse um juiz ou membro do Ministério Público você não poderia ser tratado assim. E não seria mesmo. Pois os membros da Magistratura e do Ministério Público tinham e têm o tratamento de Excelência (o que muita gente não consegue aprender de jeito nenhum). Os delegados e advogados públicos e privados têm o tratamento de Senhoria. E bacharel, por seu turno, é bacharel; e ponto final!

4) Continuemos. Leiam a Constituição de 1824 e verão que não há "alvará" como ato normativo. E ainda que houvesse, não teria sentido que alguém, com suas capacidades mentais reduzidas (a Pia Senhora), pudesse editar ato jurídico válido. Para piorar: ainda que existisse, com os limites postos ou não, com o advento da República cairiam todos os modos de tratamento em desacordo com o princípio republicano da vedação do privilégio de casta. Na República vale o mérito. E assim ocorreu com muitos tratamentos de natureza nobiliárquica sem qualquer valor a não ser o valor pessoal (como o brasão de nobreza de minha família italiana que guardo por mero capricho porque nada vale além de um cafezinho e isto se somarmos mais dois reais).

A coisa foi tão longe à época que fiz questão de provocar meus adversários insistentemente até que a Ordem dos Advogados do Brasil se pronunciou diversas vezes sobre o tema e encerrou o assunto.

Agora retorna a historieta com ares de renovação, mas com as velhas mentiras de sempre.

Agora o ato é um "decreto". E o "culpado" é Dom Pedro I (IV em Portugal).

Mas o enredo é idêntico. E as palavras se aplicam a ele com perfeição.

Vamos enterrar tudo isso com um só golpe?!

A Lei de 11 de agosto de 1827, responsável pela criação dos cursos jurídicos no Brasil, em seu nono artigo diz com todas as letras: "Os que frequentarem os cinco anos de qualquer dos Cursos, com aprovação, conseguirão o grau de Bachareis formados. Haverá tambem o grau de Doutor, que será conferido àqueles que se habilitarem com os requisitos que se especificarem nos Estatutos que devem formar-se, e só os que o obtiverem poderão ser escolhidos para Lentes".

Traduzindo o óbvio. A) Conclusão do curso de cinco anos: Bacharel. B) Cumprimento dos requisitos especificados nos Estatutos: Doutor. C) Obtenção do título de Doutor: candidatura a Lente (hoje Livre-Docente, pré-requisito para ser Professor Titular). Entendamos de vez: os Estatutos são das respectivas Faculdades de Direito existentes naqueles tempos (São Paulo, Olinda e Recife). A Ordem dos Advogados do Brasil só veio a existir com seus Estatutos (que não são acadêmicos) nos anos trinta.

Senhores.

Doutor é apenas quem faz Doutorado. E isso vale também para médicos, dentistas, etc, etc.

A tradição faz com que nos chamemos de Doutores. Mas isso não torna Doutor nenhum médico, dentista, veterinário e, mui especialmente, advogados.

Falo com sossego.

Afinal, após o meu mestrado, fui aprovado mais de quatro vezes em concursos no Brasil e na Europa e defendi minha tese de Doutorado em Direito Internacional e Integração Econômica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Aliás, disse eu: tese de Doutorado! Esse nome não se aplica aos trabalhos de graduação, de especialização e de mestrado. E nenhuma peça judicial pode ser chamada de tese, com decência e honestidade.

Escrevi mais de trezentos artigos, pareceres (não simples cotas), ensaios e livros. Uma verificação no sítio eletrônico do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) pode compravar o que digo. Tudo devidamente publicado no Brasil, na Dinamarca, na Alemanha, na Itália, na França, Suécia, México. Não chamo nenhum destes trabalhos de tese, a não ser minha sofrida tese de Doutorado.

Após anos como Advogado, eleito para o Instituto dos Advogados Brasileiros (poucos são), tendo ocupado comissões como a de Reforma do Poder Judiciário e de Direito Comunitário e após presidir a Associação Americana de Juristas, resolvi ingressar no Ministério Público da União para atuar especialmente junto à proteção dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores públicos e privados e na defesa dos interesses de toda a Sociedade. E assim o fiz: passei em quarto lugar nacional, terceiro lugar para a região Sul/Sudeste e em primeiro lugar no Estado de São Paulo. Após rápida passagem por Campinas, insisti com o Procurador-Geral em Brasília e fiz questão de vir para Mogi das Cruzes.

Em nossa Procuradoria, Doutor é só quem tem título acadêmico. Lá está estampado na parede para todos verem.

E não teve ninguém que reclamasse; porque, aliás, como disse linhas acima, foi a própria Ordem dos Advogados do Brasil quem assim determinou, conforme as decisões seguintes do Tribunal de Ética e Disciplina: Processos: E-3.652/2008; E-3.221/2005; E-2.573/02; E-2067/99; E-1.815/98.

Em resumo, dizem as decisões acima: não pode e não deve exigir o tratamento de Doutor ou apresentar-se como tal aquele que não possua titulação acadêmica para tanto.

Como eu costumo matar a cobra e matar bem matada, segue endereço oficial na Internet para consulta sobre a Lei Imperial:

www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_63/Lei_1827.htm

Os profissionais, sejam quais forem, têm de ser respeitados pelo que fazem de bom e não arrogar para si tratamento ao qual não façam jus. Isso vale para todos. Mas para os profissionais do Direito é mais séria a recomendação.

Afinal, cumprir a lei e concretizar o Direito é nossa função. Respeitemos a lei e o Direito, portanto; estudemos e, aí assim, exijamos o tratamento que conquistarmos. Mas só então.

PROF. DR. MARCO ANTÔNIO RIBEIRO TURA , 41 anos, jurista. Membro vitalício do Ministério Público da União. Doutor em Direito Internacional e Integração Econômica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestre em Direito Público e Ciência Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor Visitante da Universidade de São Paulo. Ex-presidente da Associação Americana de Juristas, ex-titular do Instituto dos Advogados Brasileiros e ex-titular da Comissão de Reforma do Poder Judiciário da Ordem dos Advogados do Brasil.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012


Boa parte das mensagens que recebo tem como tema um assunto que ainda é preciso escrever muito para que fique claro, para que se rompam os estigmas, para que entendam de vez que ser deficiente não quer dizer ser um “morto-vivo”. Cansado
Qualé o tal tema? Eu digo porque eu sou “minino bão”, só por isso. Me perguntam demais “como é namorar um cadeirante”.
De fato, ser da Matrix pode envolver algumas rotinas incomuns para os “normais”, para os andantes. xiste o aspecto de sempre planejar os momentos a dois em ambientes que não sejam o topo do Everest Muito triste, entender que, em alguns casos, rotinas básicas como fazer aquele “xixo” pode ser diferente (com sonda).
E tem também a questão da sensibilidade “das partes”, a forma de agir na hora do sexo, se é preciso ou não dar aquela ajudinha para dar uma voltinha na praça... Porém, ao mesmo tempo, o gostar, o amar, o se apaixonar .... são iguais!!!!!
Meninas cadeirantes costumam ter labuta maior do que os homens para reorganizarem ou mesmo dar rumo à vida amorosa. Por quê? Porque homem, muitas vezes, avalia a pessoa pela bunda, pelo rebolado, pela facilidade de “traçar” a vítima surpreso, pelo comodismo de enxergar a “mulher perfeita” sobretudo pela forma física.
Defendo o direito das pessoas de se atraírem ou não pelas outras de acordo com as características que elas expõem, o que pra mim nada tem a ver com preconceito. Contudo, quando você vir um casal com uma andante e uma cadeirante ou vice-versa, não se surpreenda ou comente baixinho “ahhhh, que gracinha”.
A força que une a mantém as pessoas vai muito além do que os olhos podem ver. E pode apostar alto que casais que misturam o comum com o “incomum” costumam viver histórias tórridas de sentimento, de atração e de querer-bem.
Mas chega de papo, encerro a semana com um relato brilhante e irretocável do meu grande colega e talentoso fotógrafo Rapha Bathe, que namora uma cadeirante e nos conta um pouco sobre o “como que é”?!?! E o cara tem sorte, viu? Conquistou uma daquelas lindas, daquelas que o queixo cai quando se vê em cena (tem um trocadilho aqui que não vou explicar Rindo a toa).
Tenho certeza ue o texto do Rapha é mais um daqueles que vão entrar para a história da revolução de idéias propagadas por um lugar chamado “Assim como Você” (“inzibiiiiido”!!! Convencido)
Sorte
Uma coisa que eu sempre soube é que o amor é bonito em todas as formas. E no caso da Matrix é a mesma coisa! Não é?!
Juro que não entendo porque isso pode ser diferente, para mim, é simplesmente amor. Quando conheci minha namorada, ela já era cadeirante, o que não fez diferença para mim.  Me apaixonei pelos seus olhos, seu sorriso e a maneira de falar sobre a vida.
Não cheguei nem a pensar de imediato como é o relacionamento com uma pessoa com deficiência, essa curiosidade foi vindo com o tempo, e aí eu pesquisava na internet, perguntava para ela ou simplesmente aprendia “na marra”. Rindo a toa
Na realidade, eu não posso relatar como um guia a forma de namorar uma pessoa com deficiência, pois cada caso é um caso. Cada pessoa tem o seu nível de independência (tenha ela deficiência ou não!).
A minha namorada, por exemplo, é mais independente do que muita gente que anda com as próprias pernas, mas é claro que a gente passa por situações que apenas um casal da Matrix  pode passar, e muitas delas são bem engraçadas.
Uma vez estávamos andando no shopping, de mãos dadas, quando, de repente, uma mulher nos para e diz: Ai gente, me desculpa, mas vocês dois formam um casal tão lindo! Parabéns!
Hahaaha, tudo bem que a gente realmente é lindo, mas ninguém diz essas coisas hoje em dia, muito menos aqui em São Paulo, para alguém que nunca viu na vida!
Outra situação diferente é quando vamos ver um filminho no cinema.  Enquanto todo mundo chega na hora do trailler, a gente precisa chegar bem cedo e entrar antes de todo mundo para ter tempo de guardar a cadeira, pegar a minha namorada no colo e subir para um lugar decente, já que o lugar reservado para deficiente é mais conhecido como “gargarejo”.  Às vezes, a gente se atrasa, e aí só mesmo uma massagem no pescoço pra resolver! Bem humorado
Jairo, sei que tá todo mundo louco para ler sobre sexo… mas muita calma nessa hora! Eu já chego lá!
A gente adora sair, e … Meu Deus… como as pessoas adoram escadas!! Por isso se você não quiser voltar pra casa mais cedo ou não gostar de ver sua namorada sendo carregada por um cara fortão, é importantíssimo que você consiga carregá-la no colo!
Apesar do transtorno e da falta de comodidade para ela, eu não me incomodo nem um pouco e adoro tê-la em meus braços. O único problema é que, se um dia a gente se casar, ela nem vai achar tanta graça em entrar no quarto em meus braços na lua de mel. Com vergonha
Viajar também requer alguns cuidados diferenciados. Sempre que vamos a algum lugar novo, verificamos antes se onde vamos nos hospedar tem acesso. Entramos no site, ligamos, nos informamos tintim por tintim. Será que tem escada? O quarto é acessível? E o banheiro?? Ai ai ai... o banheiro é fundamental!!!
Nesse Crnaval nós ganhamos uma promoção e fomos para uma pousada em Maresias. Alguém tem alguma dúvida de que o banheiro não era acessível? Mas fazer o que!? Nós ganhamos!! Então nada melhor do que aproveitar a chance!
Toca ficar nós dois fazendo malabarismos para entrar no banheiro, transferir para o vaso, para o Box, para a cadeira. Ai “Gzuis”, mais um pouquinho a gente já saia suado do banho!
Dá vontade de andar com uma marreta para alargar todas as malditas portinhas estreitas de banheiros. Muito triste Mas curtimos cada momento, fomos para o mar, pra balada, encontramos amigos, passeamos, cantamos... ah! Viajar sempre é bom!
Depois de passear, ver filminho e jantar, chegou a hora de fazer amor.  Então vamos falar do sexo! (Aposto que tem gente que vai ler só essa parte!) Muito triste Gente, esse tabu, na verdade, não existe.  O sexo e o amor são coisas que acontecem entre o casal e que não tem segredo.
Eu acho que independentemente de ter uma namorada com deficiência física ou não, você precisa entender o que acontece com o corpo dela, quais os pontos erógenos, o que agrada a ela, o que agrada a você e o que agrada aos dois.
É importante saber que o prazer é um conjunto de sensações que podem ser transmitidas e criadas por seis sentidos! (Tem um a mais que os usados no dia a dia). O toque, o cheiro, o gosto, a audição, a visão e principalmente a imaginação.  Tudo deve ser explorado, e se a sua namorada é paraplégica, isso não quer dizer que ela não goste que você beije e acaricie a sua perna, isso depende de cada um. 
As preliminares também são essenciais em qualquer relação! E aí, meu filho, tem que deixar a imaginação e o tesão fluírem soltos! O mais importante de tudo é ter uma relação saudável! Ser diferente é normal. Ninguém se apaixona por um espelho de si mesmo, seja físico ou psicológico.
A gente se apaixona por pessoas que completam a gente, e quando isso acontece, a deficiência é apenas um detalhe. O amor simplesmente acontece, cabe a você aceitar ou não! Eu aceitei!!!

Ontem no Blog Assim Como Você, Jairo Marques fez uma homenagem as mulheres com uma entrevista com a linda Carlena Weber.

POR JAIRO MARQUES
 
Claro que este blog não deixaria passar sem uma bela homenagem esse tempo em que a mulher se torna o expoente maior dos palcos da sociedade. Afinal, talvez, 60% dos meus leitores sejam gatas, mães, mães-gatas, avós, tias, amigas, queridas, amadas!!!
E o que fazer a altura desse gênero que tanto me prestigia? Não há muito segredo: tem de ousar, tem de ser delicado, tem de transgredir, mas com sensualidade, tem de ser original, mas resguardando o bom gosto…
Então, o negócio foi chamar….Carlena Weber para a missão! Está bela tem uma personalidade tão aguerrida e bem lapidada que, a meu ver, representa a altura o conjunto das mulheres que prestigiam esse espaço seja atrás de identificação para suas próprias batalhas, seja para encontrar um sorriso, uma história edificante, um pequeno ensinamento, a abertura de um caminho…
Pelo relato, pelo retrato, pela força estonteante de driblar os rótulos de uma deficiência… Fecho a “Semana da Mulher” com essa linda, loira, gaúcha, profissional da assistência social, tetraplégica e engajada até o pescoço na intensa batalha de fazer o mundo um lugar melhor para todos…
TETRA
Carlena Weber: Pra começar este momento de celebridade no blog do tio (sou muito fã!!), falo um pouco sobre mim! Sou tetra há 11 anos! Sofri um acidente de carro no auge dos meus ricos 21 aninhos e desde então, faço parte deste mundo paralelo. Na confusão que uma lesão medular alta causa na vida de qualquer criatura, perdi peso, vontades, autoestima e depois do meu acidente fiquei sem me olhar no espelho por um bom tempo.
APAIXONADA
Carlena Weber: Fotos?? Não tenho NADA que possa registrar a fase mais difícil (também a mais importante!) da minha vida. Foi muito difícil voltar a me apaixonar por mim mesma e essa paixão foi o pontapé inicial, pois acredito que as pessoas te enxergam a partir da forma como você se percebe.
#JUNTOEMISTURADOS
Carlena Weber: Atualmente tenho estas questões bem resolvidas, mas percebo que para muitos (e muitas) isto ainda é um desafio. Muitas pessoas me perguntam se meu namorado também é cadeirante… A sociedade insiste em pensar por ignorância ou heranças culturais que um cego só pode namorar uma cega, que o surdo só pode se relacionar com uma surda e por aí vai. E quando o assunto é sexo, as barreiras são ainda maiores.
TESÃO
Carlena Weber:Com a lesão medular, ganhei um novo corpo e o desafio de descobrir novas formas de prazer. Dessa maneira, assim como a reabilitação física, a reabilitação sexual também é um processo que passa por várias fases. Depois de me reinventar sexualmente, parei de pensar em como eu sentia prazer antes para me permitir sentir tesão com o que tenho, ou seja, com o que sou hoje.
VERGONHA DE QUÊ?
Carlena Weber:É necessário quebrar tabus, pois o tesão não está ligado somente a corpos perfeitos e beleza estética. O prazer pode rolar com olhares, gestos, cheiros… Nunca tive vergonha de expor para o meu namorado através de um papo bem legal como funciona meu corpo; nunca escondi minhas cicatrizes e sempre acreditei que de “normalidade” o mundo tá cheio e que ser diferente também pode ser uma estratégia no ritual da conquista e da sedução.
A IMAGEM
Carlena Weber: Sempre tive vontade de fazer um ensaio fotográfico diferente. Sim, diferente daqueles que as pessoas ficam com carinhas meigas o tempo todo e só altera o fundo da foto no estilo paisagem.
SENSUALIDADE
Carlena Weber: Sonhava com fotos sensuais, ousadas e de bom gosto como essas que aparecem nas revistas de celebridades! E podem ter certeza, não conheço mulher que não tenha essa vontade! Mas como nada na vida desse povo que não anda é fácil, após muitas conversas com diferentes profissionais do mundo da fotografia, nenhum deles me dava firmeza a respeito de que a cadeira de rodas seria um acessório e euzinha o foco principal em um ensaio fotográfico.
PERSISTÊNCIA
Carlena Weber: Mas como não desisto fácil, após muitas pesquisas, encontrei no Facebook o trabalho dos guris do Photographie Atelier e tive a certeza que meus desejos fotográficos seriam realizados! (Para saber mais sobre o estúdio, clica em www.photographie.com.br)
Fonte: Assim com você
O preconceito é algo muito complicado dese falar, até porquê muitas pessoas convivem com algum tipo de preconceito ou são preconceituosas com alguma coisa. É comum uma pessoa falar que não tem preconceito, mas nuncachegaria e daria um abraço em um mendigo. De alguma forma o ser humano é dotado de algum tipo depreconceito, talvez ainda não saiba qual é o seu mas existe...
 
Quando vemos um morador de rua, não queremos nos aproximar, pormedo ou por cautela, sem perceber a situação estamos agindo de forma preconceituosa. Por isso torno a dizer quepreconceito é opinião sem conhecimento.


Diga não ao preconceito.
Falar sobre sexo e sexualidade sempre gera certo desconforto em nossa sociedade por causa dos tabus ou desinformações. Agora, esse desconforto se torna infinitamente maior quando nos referimos à sexualidade da pessoa com deficiência.

Afinal, para grande parte da sociedade, pessoas com algum tipo de deficiência ainda são vistas como doentes (e doentes precisam de saúde e não de sexo!) ou como incapazes. O tempo passou e as ideias e conceitos a esse respeito precisam evoluir, pois muitos ainda acreditam na ideia de que o deficiente é um ser “assexuado”.

Meu papel será o de tentar mostrar que todos nós temos direito de viver nossa sexualidade e que a presença de alguma deficiência, seja ela física ou mental, não pode ser motivo de exclusão!

A sexualidade não é perdida por conta da deficiência, que isso fique bem claro!

As pessoas com deficiência são capazes de namorar, constituir família, dar e receber carinho e prazer! O que de fato elas precisam é apenas de uma chance.

Um exemplo que gosto muito de usar é o do Fernando Fernandes (ex BBB), um homem bonito, sensual e que após um acidente de carro ficou paraplégico e consequentemente… Cadeirante!


Sei que existem muitas dúvidas (falta de sensibilidade, dificuldade nos movimentos, uso de sondas, entre outros) que geram curiosidade e que acabam colaborando para que os tabus se consolidem.

Este será nosso canal para trocarmos ideias e compartilharmos experiências!
Aguardem frases dos próximos posts!
Por:
Paula Ferrari é fisioterapeuta, especialista em reabilitação neurológica. Atuante na área de reabilitação e sexualidade da pessoa com deficiência, em especial do Lesado Medular.

Voltaram a namorar pela internet
O estudante paulista Ricardo Denser, 19, confessa que foi um choque quando recebeu a notícia de que a namorada, Louize, iria passar um ano na Alemanha. A distância que beira os dez mil quilômetros assustou. “Foi um choque. Ela recebeu a passagem, por email, como presente da irmã que já estava morando lá. Até Louize ficou surpresa”, lembra.


Para piorar, o casal estava ensaiando uma reconciliação, já que tinha terminado o relacionamento semanas antes. “Quando tivemos a notícia da viagem, nem estávamos mais namorando. Fiquei perdido, porque não tinha direito algum de opinar”, conta Ricardo.

A viagem foi marcada com três meses de antecedência e, durante este período ele achou melhor desistir da reconciliação, já que a separação seria inevitável no futuro. “Só que não foi bem assim. Nos últimos meses dela aqui a gente não namorava, mas ficava junto sempre.”

O término da relação de três anos foi uma iniciativa de Ricardo. Louize sempre achou que podiam administrar o tempo e a distância. Depois da partida da ex-namorada o estudante mudou de ideia. “Eu pedi para voltarmos a namorar pela internet, quando ela já estava há dois dias na Alemanha. Vi que seria melhor esperar esse tempo e tê-la de volta do que perdê-la”, revela. Estão juntos até hoje, contando os dias para a volta dela.

O casal de namorados separado pela distância, Louize e Ricardo

Conheça histórias de casais que, com muito amor, convivem com diferenças que poderiam ser encaradas como obstáculos por muitos


A diferença de mobilidade entre Alessandro e Giordana não atrapalha o casal em nada

Ela tem 1,80m de altura e adora saltos altíssimos, que a deixam bem acima do pouco mais de 1,70m de estatura do namorado. Elas andam e eles são cadeirantes. Ela mora na Alemanha, mas ele, em São Paulo. Diferenças como estas, que fariam muitos desistirem da relação, fazem parte do cotidiano de diversos casais.


Cadeira de rodas vira liberdade
“Acho que sou caso único no mundo”, comenta o administrador de empresas Alessandro Ribeiro Fernandes, 37, sobre ter demorado cerca de “4 segundos” para aceitar que não voltaria a andar depois de um acidente de moto, em julho de 2006.


Alessandro conta que estava numa fase bastante ativa, praticando várias modalidades esportivas. “Eu tinha tudo para ficar deprimido, mas sempre fui muito prático. Quando recebi a notícia, não via a hora de já poder ir logo para a cadeira de rodas. Muita gente tem medo desse momento, mas, para mim, significava liberdade. A cadeira iria me tirar da cama do hospital.”

A história de Alessandro e da namorada, a engenheira civil Giordana do Rosário Silva, 33, começou antes do acidente. Eles tiveram um relacionamento breve, mas que ela nunca esqueceu. Quando o administrador estava se recuperando no hospital, Giordana o visitava com frequência. Acabaram retomando o namoro. “É claro que a gente, no início, fica pensando se vai dar muito trabalho namorar um cadeirante, mas isso passou logo. O Alessandro não depende de mim para nada”, afirma.

le conta que a vida do casal é bastante ativa. “Nós sempre saímos e viajamos. A única coisa que mudou é que a minha condição exige um pouco mais de cuidado para sair de casa. Preciso ligar nos lugares antes de ir e me informar sobre a questão da acessibilidade”, conta.

O analista de suporte, Christian Matsuy, 36, e sua namorada, Mércia, também planejam suas saídas – menos por eles e mais pela falta de estrutura dos lugares. Christian sofreu um acidente de mergulho quando tinha 15 anos e quebrou a quinta vértebra do pescoço. Diferentemente de Alessandro, conta que demorou cerca de dois anos para se adaptar à sua nova realidade. Depois deste período, Christian retomou sua vida social e amorosa.

“Estamos juntos há dez meses. Eu dependo de outras pessoas para fazer muitas coisas, mas não fico encanado. Essa fase já passou”, diz o analista de suporte. “Mércia encara tudo com muita naturalidade. E tem a virtude de sempre perguntar a melhor maneira de fazer algo. Para um cadeirante, isso é muito importante”.

Tanto Alessandro quanto Christian acreditam que o preconceito vem diminuindo com o passar dos anos. “Tempos atrás, eu notava muitas pessoas me olhando porque eu tinha relacionamentos com mulheres que andam. Hoje em dia, ainda tem gente que olha, mas acho que é por curiosidade mesmo. Nem eu nem minha namorada nos incomodamos”, conta Christian.

Salto alto é obrigatório
Mesmo já sendo uma mulher com estatura acima da média, Silvania Cristina Pinhata, professora da rede pública estadual, 40, não dispensa um belo sapato alto. E nada de salto médio. Ela gosta mesmo é dos que ultrapassam os dez centímetros. Silvania tem 1,80m de altura e, com seus sapatos, se aproxima dos 2 metros. “Eu sou enorme perto do meu namorado. O Carlos mede pouco mais de 1,70m. O melhor de tudo é que ele ama meus sapatos. Ele acha lindo eu ser uma mulher tão alta. E eu sempre gostei de homens mais baixos. Deu tudo super certo”, conta a professora.

“As pessoas querem boicotar quem é muito alto. Dizem que temos que abolir o salto para que o parceiro não se sinta mal. Isso não existe no meu relacionamento”, afirma. Ela conta que até em lojas de sapato é possível ver reações que provam sua opinião. Segundo Silvania, os vendedores adoram sugerir que ela compre rasteirinhas – sapatos sem salto. “Eu não aceito isso nunca. Nem meu namorado. Uma das coisas que me deixa muito feliz no meu relacionamento é justamente isso: ele apoia meu gosto e não tenta me mudar”, explica.

 
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Saber administrar pessoas é o grande segredo para o exercício de uma liderança eficiente e respeitada

Você é um gerente financeiro de uma companhia? É o vice-presidente de operações? Ou quem sabe o diretor de desenvolvimento? Não importa. No fundo, você é um gestor de pessoas. Independentemente da indústria, da empresa, ou mesmo do título do cargo, todos os gerentes são gestores de pessoas, toda gestão é uma gestão de gente.
"No primeiro instante em que um profissional se torna gerente, deixa para trás o papel de 'contribuinte individual', no qual ainda era avaliado pelo seu próprio desempenho. Competente, assume a nova função e, de uma hora para outra, passa a ser responsável por muito mais do que imaginou alguma vez produzir por conta própria. Nesse momento, sua responsabilidade passa a ser sobre toda a produção de sua equipe", comenta Pablo Aversa, sócio da Alliance Coaching.
Para o especialista em carreiras, o profissional que é responsável pelos resultados de um grupo de pessoas precisa saber algumas coisas importantes sobre gente:

Imagem: Thinkstock


Pessoas são indivíduos

Independentemente das generalizações que virão a seguir, é importante lembrar-se de que não existem duas pessoas iguais. Elas têm sonhos individuais e preocupações individuais. Suas mentes funcionam de forma diferente. Ouvem e enxergam de forma diferente. E, principalmente, são motivadas por coisas diferentes.

Pessoas são imprevisíveis

Ficam com raiva. Ficam preocupadas. Algumas vezes choram, ou gritam, ou se isolam (e ainda fazem beicinho). Não importa o quanto já tenha trabalhado com gente, você nunca vai estar completamente seguro de como vão reagir.

Pessoas são egoístas

Pessoas cuidam de si mesmas. Sabem que ninguém, nem mesmo o esposo ou a esposa, está tão preocupado com seu bem-estar quanto elas mesmas. Podem até não saber qual é a melhor forma de conquistá-lo, mas sabem muito bem o que consideram ser o melhor para elas e correm com afinco atrás disso. Algumas são melhores que outras nesse aspecto, mas pode ter certeza: todas desejam esse bem-estar.

Pessoas são generosas

Se as pessoas são egoístas, como então também podem ser generosas? Veja, são generosas porque, mesmo quando cuidam de si, trabalham de forma colaborativa para ajudar os demais a chegar lá. Elas vão correr atrás primeiro daquilo que consideram sua fatia justa, mas, tão logo conquistem seu quinhão, vão cuidar dos demais.

Pessoas são volúveis

O que funcionou na semana passada, ou mesmo ontem, pode não funcionar hoje. A recompensa ou o desafio que motivou alguém anteriormente pode não mais funcionar, simplesmente porque algo mudou no universo dela.

Pessoas são medrosas

Algumas pessoas são mais medrosas que outras. Outras escondem isso melhor. Mas todo mundo tem medo de algo. Seja o medo de perder o emprego, de parecer tolo na frente dos demais ou de não alcançar a meta pela primeira vez em dez anos, não importa: todos nós temos medos. E até que você lide com os medos delas, as pessoas vão continuar a se focar naquilo que as preocupam, em vez daquilo que você quer que elas façam.

As pessoas são um barato

A somatória das individualidades acima é o que acaba fazendo com que as pessoas sejam interessantes. E mais: isso é o que faz com que elas sejam um barato. Como gestor de gente, você nunca terá um dia chato. Alguns dias serão melhores que outros. Alguns dias vão fazer você querer gritar e espernear. Mas, com certeza, nenhum dos seus dias vai ser chato. Agora, se você não curte gente, não se envolva com gestão, pois isso vai acabar sugando todo o prazer que, de alguma outra maneira, o seu dia poderia lhe proporcionar.

Gente quer ser liderada

Como gestor de gente, você deve ir além e ser líder de gente. Se você não liderar as pessoas, alguém vai. Pode ser outro funcionário do departamento (afinal, liderança é uma habilidade, não um atributo que vem com o cargo) ou pode ser um gerente de outra área. O ponto é que, com certeza, elas vão seguir alguém e alguém será o líder delas.
"Sempre procuro lembrar meus clientes que as pessoas não podem ser empurradas muito longe ou por muito tempo, mas certamente podem ser conduzidas por um longo caminho", afirma Aversa. Para ele, é trabalho do líder ficar à frente, compartilhando uma clara visão e conduzindo sua equipe ao longo da jornada.
Em suma, para ser um gerente, o profissional deve ser um gestor de pessoas. Cada uma delas é única, da mesma forma que o executivo que ocupa a gerência também é. Portanto, é necessário encontrar o que motiva cada um dos funcionários e o que os desencoraja; usar a singularidade deles para harmonizar as habilidades disponíveis e montar um time fora de série. Mais do que isso, é importante se posicionar à frente e liderar, ou seja, ser um gestor de gente.
“A ética é a estética de dentro” (Pierre Reverdy)
Por Dr. Mfrank

Ant
es de tentar responder a pergunta do título, devemos conceituar ética. Segundo o professor e doutor em filosofia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, Álvaro L.M. Valls, "a ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que é, mas que não é fácil de explicar, quando alguém pergunta".
A origem da palavra ética vem do grego "ethos", que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram o "ethos" grego para o latim "mos" (ou no plural "mores"), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social.
Todo homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Há séculos existe uma grande confusão em confundir ética e moral a própria etimologia destes termos ajudou a gerar esta confusão como já vimos acima.
Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos, pois enquanto a moral é normativa, a ética é teórica, e buscando explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns.

 
Imagem: Thinkstock

A moral é mais focada em um grupo de pessoas, por exemplo, se eu disser, é certo comer um cachorro? Você provavelmente vai dizer que não, mas na Coréia do sul é normal. Existem pessoas que gostam de freqüentar praias nudistas, tem grupo de pessoas que acham certo executar os estupradores, isso é uma questão moral, o pensamento de certo grupo de pessoas.
Agora, a ética é muito mais complicada do que parece. A ética é um estudo filosófico e que engloba uma "regra" para toda a sociedade mundial.
È importante salientar que a Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.
A Ética teria surgido com Sócrates, pois exige um maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Adolfo Sánchez Vázquez um dos mais respeitados filósofos da atualidade aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.
Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; Ética é permanente, moral é temporal; Ética é universal, moral é cultural; Ética é regra, moral é conduta da regra; Ética é teoria, moral é prática.
Na pratica moral e ética são indistinguíveis, apenas as diferenciamos academicamente.
Atualmente vivemos em um mundo onde os valores estão se perdendo, onde a honestidade virou um diferencial e não uma obrigação.
Entramos em um momento social onde "os fins justificam os meios" se tornou frase de cabeceira da maioria das pessoas. Onde o "fio de bigode" somente tem valor para o barbeiro.
Muito se fala em ética, mas pouco se faz de ética.
Vamos refletir sobre alguns dados:
O custo anual da corrupção nacional é de R$ 380 Bilhões esse valor equivale a R$ 722.983,25 por minuto ou ainda R$ 12.049,72/seg. O Brasil deixa de crescer em 2% do PIB por ano devido à corrupção. 21% das empresas aceitam o pagamento de subornos para conseguir favores. 70% das empresas gastam até 3% do faturamento anual com propinas. 87% relatam que a cobrança de propina ocorre com alta freqüência. 96% dizem que a corrupção é um obstáculo importante para o desenvolvimento*.
De acordo com o Ibope em pesquisa realizada no final de 2005, 90% dos brasileiros não acreditam nos políticos.
"A corrupção é provavelmente o maior problema que o Brasil terá de encarar se quiser crescer", diz o financista americano Mark Móbil, um dos homens mais ricos do mundo e um dos maiores especialistas em mercados emergentes, com mais de três bilhões de dólares aplicados no Brasil.
Sempre houve corrupção na história das civilizações. Há milênios, quando os seres humanos começam a organizar comunidades, surgiu à necessidade de regras de conduta. Há quase 4 mil anos no ano de 1.700 a.C. na velha Babilônia o Código Hammurabi previa drásticas penas para mandatários oficiais envolvidos em situações de corrupção.A própria Bíblia relata o caso de Judas.
Observando a história chegamos à conclusão de que a corrupção parece fazer parte da "cultura" humana.
Um dos jornais de maior circulação do Estado de São Paulo publicou no final do mês de julho de 2006 uma reportagem intitulada "Devolveu o cartão, chocou a vizinhança" onde relata o drama de uma dona de casa de da cidade de Boituva no interior de São Paulo que recebia quinze reais do programa bolsa família e quando finalmente conseguiu um emprego de empregada domestica com carteira assinada, resolveu devolver o cartão da bolsa família.
Este gesto custou-lhe reprovações e olhares desconfiados pelas ruas da cidade. A reportagem demonstra a atual inversão de valores em que nossa sociedade se encontra e que a falta de ética está disseminada em todas as classes.
A imprensa divulga diariamente escândalos e desvios financeiros praticados por pessoas do alto escalão seja nas empresas privadas ou publicas, mas em nosso cotidiano observamos a mesma atitude apenas muda o tamanho da suposta vantagem.
Seja o superfaturamento de uma nota de refeição em alguns reais pelo representante comercial, a compra de produtos falsificados, estacionar em vagas destinadas á idosos ou deficientes, "furar" a fila, ter dois valores para o serviço dependendo exigência ou não da nota fiscal, jogar o lixo em qualquer lugar, comprar ingresso de cambista, espalhar boatos, não devolver o carrinho de supermercado depois de colocar as compras no carro, dirigir embriagado dentre outras centenas de comportamentos erráticos que são justificáveis quando são nossos e imperdoáveis quando são dos outros.
Um exemplo cotidiano de ética e educação podem ser visto nesta pequena historia, que poderia acontecer com qualquer uma de nós.
"O garçom informa ao pai:
- Sua filha não precisa pagar pelo almoço: O Buffet não cobra até oito anos.
Mas o pai apressa-se a esclarecer:
- A menina já completou oito anos.
A criança parece muito mais jovem, e o garçom diz surpreso e impressionado: - Eu não saberia que ela tinha oito anos!
Com serenidade, o pai aponta para a filha e enfatiza: - Sim, certamente você não saberia a diferença... Mas ela sabe e jamais esquecerá! "".
Esta falta de valores que se espalhou pela sociedade do século XXI, aliada ao egoísmo desta nova geração está levando a uma degradação moral e ética crônica no convívio das pessoas.
"O mundo está sendo invadido pela desavergonhada afirmativa que o poder é todo-poderoso e nada se consegue pela justiça" disse Alexander Solzhenitsyn premio Nobel de Literatura em 1972
Isso ocorre por que mesmo depois sete milhões de anos de evolução o instinto elementar de sobrevivência continua ainda vivo dentro de cada um de nós. Na natureza, as dificuldades para obter alimentos, escapar dos predadores, encontrar abrigo contra intempéries, nos condicionaram a um comportamento "animal" que não sofre com os malefícios acarretados a outros indivíduos da mesma espécie, pois em nosso inconsciente ainda imperam as mesmas regras básicas na natureza a "lei do mais forte" e "salve-se-quem-puder". Em alguns casos de sobrevivência extrema ,como em acidentes, encontramos até relatos de canibalismo.
Este instinto de sobrevivência no homem de século XXI aparece velado através de pequenos atos de insubordinação social através da ética imoral quando "os fins justificam os meios", onde tudo se torna relativo e temporal dependendo das circunstâncias. O "eu" sobrepõe o coletivo transpondo assim os limites da ética e moral conforme a conveniência de cada individuo. Impera a lei do Gerson, tirar vantagem de tudo.
É preciso muita coragem para ser ético e fazer a coisa certa.
Ir de encontro ao comportamento da maioria exige muita confiança e coragem, pois você será pressionado, ameaçado e até atacado. Na pré-história, quando o "banco" corria para se salvar, quem ficava para trás morria. Sobreviveram apenas os que correram com o "bando". Estamos impregnados por instintos arraigados durante milhões de anos que nos impulsionam a correr com o "bando". São apenas alguns milênios de civilização contra milhões de anos de comportamento animal.
Por isso a cada dia que passa se torna mais importante quebrar alguns paradigmas para realizar uma real mudança de atitudes e comportamentos.
Diga não a qualquer falta de ética.Começando agora.
*Dados retirados da Revista Exame de 20/7/2005: Marcos Fernandes economista, coordenador da escola de economia da FGV e Transparência Brasil

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PHD em Teologia pela FATEBI de Brasília - DF - BR, também pela Philadelphia da Inglaterra, Pós-graduando em Sociologia e Filosofia da Eadcon, também em Gestão de Empresas pela Universidade Anhembi Morumbi, Graduado em administração de Empresas pela FECIPAR e Teologia pela Fatebi e também Faculdade Philadelphia da Englaterra. Tetraplégico ou Lesado Medular e uso cadeira de rodas.
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